Historia

Não se sabe ao certo a origem dessa planta, entretanto, tem-se conhecimento de que há mais de 500 anos os índios utilizavam a cabaça para os mais diversos fins. Nessa época era costume utilizar a cabaça, ainda verde, onde cada tribo desenhava traços específicos, representando sua etnia e transformava as cabaças em moringas, bolsas, chocalhos e até brinquedos para as crianças. Algumas tribos untavam seu interior com uma substância enegrecida que evitava o ataque dos vermes. Outras cobriam seu exterior com desenhos geométricos, muitas vezes recorrendo à pirogravura (gravação com fogo),( MINISTÉRIO DA CULTURA, 2005) .
Em casas ribeirinhas, indígenas e quilombolas do Brasil, os frutos dos cabaceiros, das cuieiras e dos porongos eram partidos em vários formatos, limpado internamente – tirando as sementes --, polidos e tingidos e decorados para servir como baldes, coiós, bacias, copos, tigelas; ou como, simplesmente, cuias usadas para beber e comer. Outro dado interessante em relação à cabaça, é a sua utilização como instrumento de trabalho de pescadores, seringueiros e produtores de farinha de mandioca, que partem suas bandas de cuia para levá-las aos rios, às florestas e casas de forno, ( MINISTÉRIO DA CULTURA, 2005).
A cabaça tem inúmeras utilidades, tais como: instrumento de trabalho, recipiente para líquidos e alimentos, matéria-prima para artesanato, brinquedos e instrumentos musicais, como por exemplo: atabaques, cuícas, bongôs, maracás, chocalhos, xequerês, djembês, calimbas, rabecas, cavaquinhos, violas, harpas, flautas, apitos, além de marimbas e berimbaus. Na cultura popular mineira, por exemplo, muitos caboclos tinham (e ainda têm) sua cabaça para levar água para a roça ou para comer sua refeição.
As cabaças também são utilizadas em diferentes celebrações populares, como por exemplo: na dança da cuia, em Abaetetuba, e nos festejos do Çairé, em Santarém, no Pará; no bumba-meu-boi e no reisado de caretas, no Maranhão; nos bonecos do artesão; nos mamulengos de Pernambuco e do Ceará, ( MINISTÉRIO DA CULTURA, 2005) , entre outros.
No artesanato brasileiro a cabaça tem sido utilizada como matéria prima para produção de diferentes formas de expressão artísticas, que, devido suas multiformes, permite que sejam elaborados produtos com as mais variadas formas.